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O registro de Indicação Geográfica (IG) é conferido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir em relação aos seus similares disponíveis no mercado. São produtos que apresentam uma qualidade única em função de recursos naturais como solo, vegetação, clima e saber fazer (know-how ou savoir-faire). O Instituto Nacional de Propriedade Industrial ? INPI é a instituição que concede o registro e emite o certificado.


A diversidade climática típica de um país continental e a criatividade do brasileiro, conhecido pela capacidade de reinventar tudo, levaram o país a alcançar uma vitivinicultura completamente original.


A tradição europeia, trazida ao Brasil por milhares de imigrantes, aliada ao investimento em inovação, resultou em vinhos com personalidade única. Cada zona produtora desenvolveu sua especialidade, elaborando rótulos com cultura, tipicidade e sotaque próprios.


Em comum, eles trazem o frescor de uma indústria jovem, formada por pequenos produtores, que fazem vinhos frutados, leves e com presença moderada de álcool. Esse estilo vem sendo descoberto e cada vez mais admirado mundo afora.


Hoje, a área de produção vitivinícola no Brasil soma 83,7 mil hectares, divididos principalmente entre seis regiões. São mais de 1,1 mil vinícolas espalhadas pelo país, a maioria instalada em pequenas propriedades (média de 2 hectares por família).


O país se consolidou como o quinto maior produtor da bebida no Hemisfério Sul e certamente é um dos mercados que cresce mais rapidamente no globo.


Os rótulos feitos aqui são alegres, jovens, autênticos, antenados e focados nas pessoas que procuram uma vida mais feliz e são atentas a novas experiências. É por isso que os vinhos brasileiros têm a cara do Brasil.

 

Indicações Geográficas




As regiões vinícolas brasileiras vêm investindo na busca por certificações de origem, uma espécie de assinatura que atesta a qualidade de cada terroir de nosso país. Confira quais zonas produtoras já foram consagradas e as que estão em processo de reconhecimento.


Vale dos Vinhedos


 



Pioneiro na busca por regras de certificação, o Vale dos Vinhedos foi a primeira zona produtora a receber a Denominação de Origem (DO) para vinhos no Brasil.


A conquista ocorreu em 2012, exatos 10 anos após a região alcançar o status de Indicação de Procedência (IP), pré-requisito exigido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) para a concessão da DO.


A classificação exige o cumprimento de normas bastante restritas, que abrangem desde o cultivo da uva até o engarrafamento do vinho.





Algumas Regras do Vale dos Vinhedos



Pinto Bandeira





 A vocação das vinícolas localizadas em Pinto Bandeira para a elaboração de espumantes foi reconhecida em 2010 pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) por meio da Indicação de Procedência (IP) para a região.


A grande qualidade dos espumantes Ð sejam secos ou doces Ð chamou atenção também para os vinhos feitos na mesma área, que foram igualmente incluídos na classificação.


Os produtos que recebem o selo da IP são previamente avaliados por um júri regulador, que verifica se os rótulos apresentam a qualidade mínima esperada e se trazem as características particulares dos vinhos e espumantes elaborados em Pinto Bandeira.



Algumas Regras da IP Pinto Bandeira





Altos Montes




Com 173,84 quilômetros quadrados, a Indicação de Procedência (IP) Altos Montes é a maior já certificada no Brasil. Abrange Flores da Cunha e Nova Pádua, municípios que estão entre os maiores produtores de vinhos por volume do Brasil.


Foi assim batizada por causa de seu relevo acidentado e pela altitude, que chega a 885 metros em relação ao nível do mar.


O cultivo da uva na região é marcado pela ocorrência em pequenas propriedades e por empregar basicamente mão-de-obra familiar. Isso não impediu que as vinícolas fizessem uso de alta tecnologia para elaborar vinhos cada vez melhores.



 


Algumas Regras da IP Altos Montes



Vales da Uva Goethe





Única Indicação de Procedência (IP) relativa à vitivinicultura fora do Rio Grande do Sul até agora, os Vales da Uva Goethe compreendem a produção de vinhos brancos, espumantes ou licorosos a partir dessa variedade no Litoral Sul de Santa Catarina. O ponto de referência geográfico da IP é a cidade de Urussanga, mas ela se estende por outros sete municípios vizinhos.


Obtida em 2011, a certificação de origem foi uma conquista da Associação dos Produtores da Uva e do Vinho Goethe da Região de Urussanga (Progoethe), entidade fundada para agregar vinicultores e desenvolver a imagem dessa casta.



 

Região de Monte Belo





A viticultura na região de Monte Belo iniciou com os imigrantes italianos que chegaram à Colônia Dona Isabel, a partir de 1875, origem do atual município de Bento Gonçalves e dos emancipados em 1992 ? Monte Belo do Sul e Santa Tereza, entre outros.


A produção de uvas nas pequenas propriedades familiares logo se destacou na construção da identidade territorial da região. Nas primeiras décadas do século XX, o eminente enólogo Celeste Gobato referiu-se muitas vezes, no jornal II Corriere d?Italia, à viticultura das Linhas Graciema e Leoposdina, na região de Monte Belo, como sendo o mais importante centro de produção do município de Bento Gonçalves, avaliando o vinhos como ?verdadeiramente excelente?.


Historicamente, os viticultores da região de Monte Belo contribuíram de forma decisiva da expansão da produção de vinhos elaborados em vinícolas localizadas em diversos municípios da Serra Gaúcha. Do grande volume de uvas produzidas atualmente em Monte Belo do Sul, decorre o orgulho de ser o município com a maior produção de uvas per capita do Brasil.


EM 2003, um grupo de viticultores criou a Aprobelo, motivados a estimular e promover a produção de vinhos de qualidades de origem controlada desta região, onde quase 40% da área é cultivada com vinhedos.

A identidade cultural da gente da região de Monte Belo está expressa no seu território, fortalecida agora com os vinhos da Indicação de Procedência.





Algumas Regras da IP Para Região de Monte Belo


Padrões de Identidade e Qualidade dos Produtos


-100% das uvas produzidas na área geográfica delimitada.

-Vinhedos com controle de produtividade.

-Padrões diferenciais de maturação das uvas para vinificação.

-Vinhedos elaborados somente com as variedades autorizadas e com os padrões da região.

-Disponibilidade de levedura nativa selecionada na região da I.P.

-Elaboração, engarrafamento e envelhecimento na área geográfica delimitada.

-Padrões de qualidade química diferenciados para vinhos de qualidade.

-Padrões de qualidades sensorial dos vinhos.


Normas de Controle do Conselho Regular da I.P. Região de MONTE BELO


-Cadastro dos vinhedos.

-Cadastro das vinícolas.

-Declaração de colheita e de produtos elaborados.

-Controles diferenciados por análises fisíco-químicas dos vinho.

-100% dos vinhos no mercado são aprovados pela comissão de degustação.

-Controle e rastreabilidade dos produtos.

-Rotulagem com as seguintes informações:



Novas Iniciativas de Indicação de Procedência Vinícola No País



A busca por certificações que atestem a origem e a qualidade de vinhos e espumantes é uma tendência que cada vez mais ganha força no país. A maior parte das iniciativas se concentra no Rio Grande do Sul, mas propostas nesse sentido começam a surgir também em outros lugares do Brasil. Na Serra Gaúcha, na cidade de Farroupilha recentemente a Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin), conquistaram o reconhecimento


Ainda no Rio Grande do Sul, a entidade Vinhos da Campanha trabalha para o reconhecimento da zona produtora que abrange a fronteira do Brasil com o Uruguai. Em outro extremo do Brasil, os produtores ligados ao Instituto do Vinho Vale do São Francisco (VinhoVasf) buscam a certificação para o Vale do Submédio São Francisco. Conforme novas regiões vinícolas vão se desenvolvendo no país, são esperados mais pedidos de indicação geográfica. Claramente, esse é um processo que está apenas começando.



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Forte abraço!

J. Sergio Boffette

Produtor e professor de vinhos artesanais.


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